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Foi uma daquelas eternas secundárias... Senhora de requintada presença e subtil versatilidade, Piper Laurie (nascida Rosetta Jacobs) ganhou evidência no interior de Hollywood, ironicamente, com uma nomeação para o Oscar de melhor actriz: aconteceu graças à sua composição em The Hustler/A Vida É um Jogo (1961), do grande e tão esquecido Robert Rossen, contracenando com Paul Newman [foto]. Seria nomeada mais duas vezes, agora como secundária, graças a Carrie (1976), de Brian de Palma, e Flhos de um Deus Menor (1986), de Randa Haines.
Para muitos espectadores, terá sido apenas a Catherine Martell de Twin Peaks (1989-1991), o que não deixa de envolver um amargo simbolismo: como muitos outros talentos da sua geração, Piper Laurie foi sendo esquecida pelos grandes estúdios, cumprindo, a partir de meados dos anos 80, uma carreira sobretudo televisiva — que, valha a verdade, começou ainda na década de 60.
Nascida em Detroit, Piper Laurie faleceu no dia 14 de outubro, em Los Angeles — contava 91 anos.
>>> Com Paul Newman, A Vida É um Jogo.
>>> Com Sissy Spacek, Carrie.
>>> Recebendo um Globo de Ouro de actriz secundária por Twin Peaks (19 jan. 1991).