Alisa Weilerstein
Há muito liberta dos efeitos da imagem de "menina-prodígio" (começou aos 4 anos), a violoncelista americana Alisa Weilerstein (n. 1982) protagoniza um processo de depuração que, agora, a conduziu, dir-se-ia que com desarmante naturalidade, às Seis Suites de Bach. De acordo com as suas próprias palavras, tratava-se de explorar as "infinitas possibilidades" das partituras de Bach, de alguma maneira preservando a singularidade de cada performance, porventura diferente da do dia anterior e da que possa acontecer num dos dias seguintes. Resultado: uma sensação de verdade primordial em que a racionalização da música e a contida sensualidade do toque se cruzam, contaminam e, por fim, festivamente se transfiguram uma na outra [video: Sarabande da Suite nº4 — concerto na Ópera de Frankfurt, 17 janeiro 2020]. Se quisermos escolher o disco "mais perfeito" de 2020 (e porque não?...), poderá ser este.
[ 1. Fiona Apple ] [ 2. Víkingur Ólafsson ] [ 3. Bob Dylan ] [ 4. Lianne La Havas ] [ 5. Keith Jarrett ]
[ 6. Bernard Herrmann ] [ 7. Haim ] [ 8. Ambrose Akinmusire ] [ 9. The Rolling Stones ]