Actriz e cantora muito popular no teatro e na televisão dos EUA ao longo dos anos 60/70, Diahann Carroll faleceu no dia 4 de Outubro, em Los Angeles, depois de uma longa luta contra o cancro — contava 84 anos.
O começo da sua carreira, no cinema, ficou, desde logo, ligado ao canto, tendo participado em dois musicais profundamente inovadores, ambos com assinatura de Otto Preminger: Carmen Jones (1954) e Porgy e Bess (1959). Seria, porém, nos palcos e no pequeno ecrã que obteve decisivo impacto: a sua interpretação no musical No Strings, na Broadway, valeu-lhe um prémio Tony, em 1962, o primeiro atribuído a uma mulher negra; como personagem central de Julia (1968-1971), foi também a primeira actriz negra a liderar uma série televisiva.
Para além da sua actividade como cantora, o essencial da sua carreira passou pela televisão, tendo integrado o elenco de séries como Dinastia, Lonesome Dove ou, mais recentemente, Anatomia de Grey. Ainda assim, obteve uma nomeação para o Oscar de melhor actriz graças à sua interpretação em Claudine (1974), de John Berry. Em 2009 publicou uma autobiografia com um título de esclarecedora ironia: The Legs Are the Last To Go: Aging, Acting, Marrying, Mothering, and Other Things I Learned Along the Way.
>>> Interpretando a canção Where Am I Going?, num programa de televisão de 1968 + genérico da série Julia.
>>> Obituário em The Hollywood Reporter.
>>> Entrevista na NPR, em 2008, a propósito do lançamento da autobiografia.