Em cima, Jean Seberg (1938-1979), a actriz de Bom Dia, Tristeza (Otto Preminger, 1958), O Acossado (Jean-Luc Godard, 1959) e Lilith e o seu Destino (Robert Rossen, 1964).
Em baixo, Kristen Stewart no papel de Jean Seberg — o filme chama-se Seberg, tem assinatura de Benedict Andrews e chancela dos estúdios Amazon.
Ou como entrámos numa nova era de reciclagem de memórias. Resta saber, não exactamente quais as "qualidades" do trabalho de Stewart (actriz de talento sofisticado, muitas vezes mal aplicado), mas qual a reconfiguração histórica a que estamos a assistir. Isto porque tudo acontece em paralelo com uma sistemática decomposição do imaginário clássico da cinefilia — e não parece que os espectadores envolvidos no consumo maciço de super-heróis estejam a gerar um imaginário alternativo, muito menos alguma derivação filosófica fundada no amor pelo cinema.