Ou seja (da esquerda para a direita): Debbie Honeywood, Katie Proctor, Rhys Stone e Kris Hitchen. Serena metodologia cannoise: é tempo de superarmos a estupidez mediática que só leva a consagrar (?) os actores que vestem fatos de super-heróis, quase sempre anulando os seus talentos em patéticos artefactos digitais. Há, continua a haver, e não há razão para pensar que vão desaparecer, cineastas que filmam através de um genuíno amor por aqueles que colocam em frente da câmara. O inglês Ken Loach é um deles. E o seu notável novo filme, Sorry We Missed You, mais uma expressão exemplar da sua fidelidade a um intransigente realismo dos corpos e dos lugares. Esta é a história dramática de uma família como as outras, à deriva no labirinto de uma crise económico-financeira que vai impondo a sua metódica desumanização — cinema político, of course.