Combinando a transparência da música pop com os desafios vanguardistas, foi um criador multifacetado, impossível de encerrar num rótulo definitivo: o americano Scott Walker faleceu no dia 22 de Março, contava 76 anos.
Em meados dos anos 60, foi a banda The Walker Brothers (três membros sem qualquer relação familiar) que lhe trouxe fama, sobretudo na Grã-Bretanha, onde passou a residir a partir de 1965, tendo adquirido a nacionalidade britânica em 1970. A sua carreira a solo (cruzada com a da banda), ficou marcada por um sofisticado gosto experimental, valendo-lhe a designação de barroco no interior do vasto universo pop — começou com o álbum Scott (1967), vindo a lançar em cerca de dois anos Scott 2 (1968), Scott 3 (1969), Scott 4 (1969).
Contrastada e fascinante, a sua discografia pessoal encerra com o magnífico Bish Bosch (2012), porventura ilustrando a célebre frase de Simon Hattenstone que, numa entrevista do jornal The Guardian, o definiu como um "Andy Williams reinventando-se como Stockhausen". Três filmes contêm bandas sonoras de sua autoria: Pola X (1999), de Léos Carax, A Infância de Um Líder (2015) e Vox Lux (2018), ambos de Brady Corbet. Em 2006, foi retratado no documentário Scott Walker: 30 Century Man, realizado por Stephen Kijak.
Contrastada e fascinante, a sua discografia pessoal encerra com o magnífico Bish Bosch (2012), porventura ilustrando a célebre frase de Simon Hattenstone que, numa entrevista do jornal The Guardian, o definiu como um "Andy Williams reinventando-se como Stockhausen". Três filmes contêm bandas sonoras de sua autoria: Pola X (1999), de Léos Carax, A Infância de Um Líder (2015) e Vox Lux (2018), ambos de Brady Corbet. Em 2006, foi retratado no documentário Scott Walker: 30 Century Man, realizado por Stephen Kijak.
>>> Montague Terrace In Blue, do álbum Scott + We're All Alone, de Lines (1976), de The Walker Brothers + Light, do filme Pola X + teledisco de Epizootics!, de Bish Bosch.
>>> Notícia da morte de Scott Walker em comunicado da editora 4AD.
>>> Obituário na Rolling Stone.
>>> Artigo de Sasha Frere-Jones na revista The New Yorker (10-12-2012).