Spike Lee é o rosto na capa da edição da revista Time com data de 20 de Agosto. Em foco está o seu prodigioso filme BlacKkKlansman, centrado na experiência surreal e verídica do detective Ron Stallworth, um afro-americano oficial de polícia no estado do Colorado, que em 1978 conseguiu infiltrar-se na rede racista do Ku Klux Klan... Foi, em Maio, um dos acontecimentos maiores de Cannes.
Através de uma elaborada estrutura narrativa, desembocando na América de Trump (e, mais concretamente, no comício de supremacistas brancos, em Charlottesville, Virgínia, faz agora um ano), Lee acrescenta mais um capítulo fundamental à sua obra, expondo as formas de discriminação racial e, por isso mesmo, questionando o imaginário social americano. Assinado por Rembert Browne, incluindo declarações de Lee, o artigo da Time é uma peça de exemplar utilidade na contextualização artística e política de BlacKkKlansman.
Através de uma elaborada estrutura narrativa, desembocando na América de Trump (e, mais concretamente, no comício de supremacistas brancos, em Charlottesville, Virgínia, faz agora um ano), Lee acrescenta mais um capítulo fundamental à sua obra, expondo as formas de discriminação racial e, por isso mesmo, questionando o imaginário social americano. Assinado por Rembert Browne, incluindo declarações de Lee, o artigo da Time é uma peça de exemplar utilidade na contextualização artística e política de BlacKkKlansman.
Agendado para 6 de Setembro nas salas portuguesas, BlacKkKlansman é, desde já, um dos momentos incontornáveis deste ano cinematográfico, desafiando, inclusive, os valores dominantes de um mercado que quase desistiu de produzir ideias para lançar filmes que não encaixem nas matrizes de produção de "blockbusters" e afins — eis o trailer.