Foi duas vezes nomeado para o Oscar de melhor banda sonora: o compositor islandês Jóhann Jóhannsson foi encontrado morto no dia 9 de Fevereiro, no seu apartamento de Berlim, sem que se tenham esclarecido de imediato as causas da morte — contava 48 anos.
A sua sensibilidade musical enraizava-se numa imensa pluralidade, combinando um fôlego sinfónico clássico com experiências electrónicas e jazzísticas. O culto de tal pluralidade levou-o, em 1999, a participar na fundação de Kitchen Motors, colectivo apostado em abrir novos caminhos artísticos e de produção, da criação musical à organização de concertos. A sua obra pessoal reflecte essa dinâmica, desembocando no aclamado álbum Orphée (2016), com chancela da Deutsche Grammophon. Compôs as bandas sonoras de vários filmes de produção islandesa, vindo a projectar-se internacionalmente graças à música de Raptadas (2013), de Denis Villeneuve. A Teoria de Tudo (2014), de James Marsh, valeu-lhe uma primeira nomeação para os Oscars, proeza que repetiu com Sicario (2015), de novo de Villeneuve com quem, aliás, voltaria a colaborar em O Primeiro Encontro (2016). The Mercy, de James Marsh, e Mary Magdalene, de Garth Davis, foram os últimos títulos para os quais compôs música — estão ambos anunciados para 2018.
>>> Forces of Attraction, do filme A Teoria de Tudo + Flight from the City, do álbum Orphée.
>>> Obituário na Rolling Stone.
>>> Site oficial de Jóhann Jóhannsson.