R&B alternativo? Sugestivo, sem dúvida. Mas é um rótulo como qualquer outro... O certo é que na actual paisagem de muitas formas gratuitas de miscigenação, não poucas vezes protegidas pela designação cada vez menos operante de "world music", Kelela (nascida em Washington, em 1983) é um pequeno grande fenómeno de singularidades. As suas canções possuem a verdade intrínseca de uma voz firmemente ancorada no presente, sem procurar imitar ninguém, ao mesmo tempo mantendo uma ágil ligação com o passado, os passados. Vale a pena escutar o seu primeiro álbum, Take Me Apart — este é o teledisco de Blue Light.