Aplica-se a velha máxima existencial: Steven Wilson não anda aqui para enganar ninguém... Ao lançar o seu quinto álbum a solo, To the Bone, o ex-colaborador de Jethro Tull, King Crimson ou Roxy Music, orgulhoso das suas raízes no rock progressivo, organiza uma espécie de antologia privada, tão magoada quanto festiva, resistindo às ilusões das amizades virtuais e não abdicando das dores do romantismo. Na canção Pariah, cantada com a israelita Ninet Tayeb, ainda se lembra de citar o Sr. Zuckerberg, mas é apenas para entrar em modo confessional:
I'm tired of Facebook, tired of my failing health
I'm tired of everyone and that includes myself
Well being alone now it doesn't bother me
But not knowing if you are, well that's been hell you see
Afinal de contas, o homem está à beira dos 50 anos (nasceu a 3 de Novembro, em Londres) e, abençoado seja, não se sente obrigado a pedir desculpa por isso. Daí a verdade poética que perpassa por To the Bone, título de combate, como se deduz. Eis Pariah e o lyric video de Refuge, ambos dirigidos por Lasse Hoile, e ainda o teledisco de Permanating, realizado por Andrew Morgan, quase um hino pop.