Actriz muito popular do cinema francês nos anos 60/70, entrou para a história mitológica da cinefilia graças a Fim de Semana (1967), de Jean-Luc Godard: há alguns anos fragilizada devido a problemas cardíacos, Mireille Darc faleceu no dia 28 de Agosto — contava 79 anos.
Com uma sólida formação teatral, adquirida no Conservatório de Toulon (onde nasceu), Mireille Darc terá tido uma carreira em que raras vezes pôde rentabilizar as suas qualidades de representação. Foi uma presença ligeira, de alegria contagiante, em comédias como Casamento a Propósito (1963), com Louis de Funès, Sua Exa. o Mordomo (1964), com Jean Gabin, e sobretudo O Louro do Sapato Preto (1972), porventura o seu maior sucesso, contracenando com Pierre Richard sob a direcção do argumentista/realizador Yves Robert.
Seja como for, é Fim de Semana que se distingue (e a distingue) de tudo o resto: na companhia de Jean Yanne, definia um par em violenta crise conjugal que Godard encenava nos cenários surreais de uma França apocalíptica, isto é, decomposta pelos valores da sociedade de consumo [trailer]. Muito afectada por problemas de saúde, a partir dos anos 90 dedicou-se sobretudo à realização de emissões televisivas sobre temas humanitários. Em 2008, publicou a autobiografia Mon Père, com a colaboração de Lionel Duroy.
Com uma sólida formação teatral, adquirida no Conservatório de Toulon (onde nasceu), Mireille Darc terá tido uma carreira em que raras vezes pôde rentabilizar as suas qualidades de representação. Foi uma presença ligeira, de alegria contagiante, em comédias como Casamento a Propósito (1963), com Louis de Funès, Sua Exa. o Mordomo (1964), com Jean Gabin, e sobretudo O Louro do Sapato Preto (1972), porventura o seu maior sucesso, contracenando com Pierre Richard sob a direcção do argumentista/realizador Yves Robert.
Seja como for, é Fim de Semana que se distingue (e a distingue) de tudo o resto: na companhia de Jean Yanne, definia um par em violenta crise conjugal que Godard encenava nos cenários surreais de uma França apocalíptica, isto é, decomposta pelos valores da sociedade de consumo [trailer]. Muito afectada por problemas de saúde, a partir dos anos 90 dedicou-se sobretudo à realização de emissões televisivas sobre temas humanitários. Em 2008, publicou a autobiografia Mon Père, com a colaboração de Lionel Duroy.
>>> Obituário no jornal Le Monde.