Nome grande da literatura de ficção científica, o escritor inglês Brian Aldiss faleceu a 19 de Agosto, em Oxford, um dia depois de ter completado 92 anos.
A partir de The Brightfount Diaries (1955) e Space, Time and Nathaniel (1957), Aldiss foi consolidando uma visão muito própria que o afirmou no universo da ficção científica, mesmo quando as suas narrativas se distanciavam dos seus códigos mais comuns. Deixa uma obra de muitas dezenas de títulos, muitos de poesia e ensaio (por exemplo, The Shape of Further Things: Speculations on Change surgiu em 1970). Entre os seus livros mais célebres incluem-se Non-Stop (1958), editado entre nós como Nave-Mundo, na lendária colecção Argonauta, ou Greybeard (1964), lançado pela Europa-América como O Ano do Apocalipse. O seu conto Supertoys Last All Summer Long, sobre um mundo de máquinas inteligentes, começou a ser adaptado ao cinema por Stanley Kubrick, vindo este a ceder o projecto a Steven Spielberg que o concretizou como A. I. - Inteligência Artificial (2001) — a promoção do filme definia o seu pequeno herói deste modo: "O seu amor é real. Mas ele não é." [trailer]
Entre as muitas distinções recebidas por Aldiss incluem-se dois prémios Hugo e um Nebula (reconhecimentos de excepção no mundo da ficção científica), e ainda o grau de Grande Mestre atribuído pela Associação de Escritores de Ficção Científica da América.
>>> Obituário na BBC.
>>> Site oficial de Brian Aldiss.