De uma só vez exuberante e minimalista, a música da neozelandesa Aldous Harding tem sido descrita como um fenómeno gótico mais ou menos devedor da tradição folk. É, sem dúvida, uma maneira sugestiva de resumir as singularidades de um universo que, com elaborado pudor, apela à silenciosa prospecção do ouvinte.
Em boa verdade, tudo isso está bem visível no misto de convicção e drama com que ela interpreta as suas canções. A prova: este magnífico 'Tiny Desk Concert', na rádio pública dos EUA [leia-se também o texto de Bob Boilen: NPR], com três canções de Party [capa], o seu segundo álbum de originais lançado em Maio de 2017.