Chama-se async (com minúscula) e é, de facto, um exercício de vários assincronias: no novo álbum de Ryuichi Sakamoto coabitam o seu gosto pelo piano com a integração de sons do quotidiano, transfigurados em pontuações musicais. Isto sem esquecer a envolvente presença de algumas vozes como a de Paul Bowles, registada durante os trabalhos de composição para Um Chá no Deserto (Bernardo Bertolucci, 1990), e David Sylvian (recitando alguns versos de Arseny Tarkovsky). O resultado é uma delicada teia introspectiva, de alguma maneira induzida pelas memórias pessoais de luta contra o cancro [ler artigo do New York Times].
Eis o som do tema de abertura, andata (quase todas as faixas são também identificadas por nomes com minúsculas), e ainda um video de cerca de 15 minutos produzido pela Milan Records para apresentação do álbum.