domingo, novembro 13, 2016

Robert Vaughn (1932 - 2016)

Com uma longa carreira cinematográfica, foi na televisão, através da série O Homem da U.N.C.L.E., que obteve maior sucesso: o actor americano Robert Vaughn faleceu no dia 11 de Novembro, em Ridgefield, Connecticut, vítima de leucemia — contava 83 anos.
Com formação na área jornalística, acabou por se dedicar à representação e ao teatro, tendo estudado no Los Angeles State College of Applied Arts and Sciences. Começou a trabalhar em televisão em meados da década de 50, estreando-se em cinema num pequeno papel em Os Dez Mandamentos (1956), de Cecil B. DeMille. Continuou quase exclusivamente em televisão, em séries como Playhouse 90 ou Alfred Hitchcock Apresenta, até participar em Milionários de Filadélfia (1959), de Vincent Sherman, num papel que lhe valeu uma nomeação para o Oscar de melhor actor secundário.
Surgiu depois no western Os Sete Magníficos (1960), de John Sturges, mas foi O Homem da U.N.C.L.E. que o transformou num actor conhecido em todo o mundo — centrada na acção de dois agentes secretos, Napoleon Solo (Vaughn) e Illya Kuryakin (David McCallum), a série manteve-se em produção no período 1964-1968, tendo gerado algumas derivações cinematográficas e um grande fenómeno de merchandising; mais recentemente, inspirou O Agente da U.N.C.L.E. (2015), de Guy Ritchie, com Henry Cavill e Armie Hammer nas personagens de Solo e Kuryakin, respectivamente. Uma das suas composições mais conhecidas é a do político ambicioso de Bullitt (1968), de Peter Yates, com Steve McQueen. Sempre em actividade, Vaughn continuou a surgir regularmente em televisão e cinema, sobretudo em produções de "série B" — foi um símbolo de competência, charme e sedução, sem nunca ter sido uma star.

>>> Abertura de um episódio da primeira temporada de O Homem da U.N.C.L.E. e trailer de Bullitt.




>>> Obituário no New York Times.