Génio da história musical das últimas décadas, Prince faleceu no dia 21 de Abril, na sua casa de Chanhassen, Minnesota, cerca de uma semana depois de ter estado internado devido a uma gripe — contava 57 anos.
Filho de Mattie Della, uma cantora de Jazz, e John L. Nelson, pianista e autor de letras para canções, Prince Rogers Nelson foi um criador de muitas influências, capaz de as integrar e reinventar num universo muito próprio e inconfundível. Desde o cruzamento de funk, R&B e pop que encontramos, desde logo, nos primeiros álbuns — Dirty Mind (1980), Controversy (1981), etc. — até ao inclassificável e sedutor ecletismo dos trabalhos mais recentes (terminais?) — HITnRUN Phase One (2015) e HITnRUN Phase Two (2015) —, passando, claro, por momentos tão emblemáticos como Purple Rain (1984), Sign 'O' the Times (1987) ou Diamonds and Pearls (1991).
A sua capacidade de ziguezaguear entre estilos, géneros e instrumentos (era também um guitarrista exímio, um genuíno natural) levou-o também ao cinema, nomeadamente com Purple Rain (1984), de Albert Magnoli, veículo menor para um álbum maior; neste domínio, as suas mais importantes contribuições serão as canções originais de Batman (1989), de Tim Burton, e Girl 6 (1996), brilhante realização de Spike Lee (com Madonna num pequeno papel) que nunca estreou nas salas portuguesas. Em todo o caso, foi Purple Rain que lhe valeu um Oscar (melhor canção), tendo também ganho sete Grammy, o último dos quais em 2008, na categoria de melhor interpretação vocal masculina em R&B, por Future Baby Mama.
Paradoxalmente, este notável músico, cantor e entertainer foi também um resistente a alguns dos vectores mais emblemáticos da sociedade digital, no limite assumindo-se como um céptico da Internet — é, aliás, muito difícil encontrar ficheiros de vários dos seus telediscos, uma vez que ele restrigiu drasticamente a sua difusão. A sua herança teria (ou terá), por certo, um balanço essencial nas memórias que, há poucas semanas, tinha anunciado para publicação em 2017.
Por assumido paradoxo, Prince foi uma pessoa pública que, a certa altura, substituiu o seu nome por um símbolo (designação também de um extraordinário álbum de 1992 cujo primeiro tema se chama, ironicamente, My Name Is Prince), tendo passado mais tarde por um período em que se auto-designava 'The Artist' (assim surgiu identificado numa célebre entrevista com Larry King, a 10 de Dezembro de 1999) ou 'The Artist Formerly Known as Prince' — em qualquer caso, nada disso o destituiu da condição de ícone da realeza musical.
Filho de Mattie Della, uma cantora de Jazz, e John L. Nelson, pianista e autor de letras para canções, Prince Rogers Nelson foi um criador de muitas influências, capaz de as integrar e reinventar num universo muito próprio e inconfundível. Desde o cruzamento de funk, R&B e pop que encontramos, desde logo, nos primeiros álbuns — Dirty Mind (1980), Controversy (1981), etc. — até ao inclassificável e sedutor ecletismo dos trabalhos mais recentes (terminais?) — HITnRUN Phase One (2015) e HITnRUN Phase Two (2015) —, passando, claro, por momentos tão emblemáticos como Purple Rain (1984), Sign 'O' the Times (1987) ou Diamonds and Pearls (1991).
A sua capacidade de ziguezaguear entre estilos, géneros e instrumentos (era também um guitarrista exímio, um genuíno natural) levou-o também ao cinema, nomeadamente com Purple Rain (1984), de Albert Magnoli, veículo menor para um álbum maior; neste domínio, as suas mais importantes contribuições serão as canções originais de Batman (1989), de Tim Burton, e Girl 6 (1996), brilhante realização de Spike Lee (com Madonna num pequeno papel) que nunca estreou nas salas portuguesas. Em todo o caso, foi Purple Rain que lhe valeu um Oscar (melhor canção), tendo também ganho sete Grammy, o último dos quais em 2008, na categoria de melhor interpretação vocal masculina em R&B, por Future Baby Mama.
Paradoxalmente, este notável músico, cantor e entertainer foi também um resistente a alguns dos vectores mais emblemáticos da sociedade digital, no limite assumindo-se como um céptico da Internet — é, aliás, muito difícil encontrar ficheiros de vários dos seus telediscos, uma vez que ele restrigiu drasticamente a sua difusão. A sua herança teria (ou terá), por certo, um balanço essencial nas memórias que, há poucas semanas, tinha anunciado para publicação em 2017.
Por assumido paradoxo, Prince foi uma pessoa pública que, a certa altura, substituiu o seu nome por um símbolo (designação também de um extraordinário álbum de 1992 cujo primeiro tema se chama, ironicamente, My Name Is Prince), tendo passado mais tarde por um período em que se auto-designava 'The Artist' (assim surgiu identificado numa célebre entrevista com Larry King, a 10 de Dezembro de 1999) ou 'The Artist Formerly Known as Prince' — em qualquer caso, nada disso o destituiu da condição de ícone da realeza musical.
I WANNA BE YOUR LOVER (1979) [gravação de 1982]
PURPLE RAIN (1984) [gravação de 2007]
madonna He Changed The World!! A True Visionary.
What a loss. I'm Devastated.🦄 This is Not A Love Song.
CREAM (1991)
GOLD (1995)
WHILE MY GUITAR GENTLE WEEPS
Homenagem a George Harrison / Rock & Roll Hall of Fame (2004)
[com Tom Petty, Steve Winwood, Jeff Lynne, etc.]
>>> Obituário: Rolling Stone + New York Times + Le Monde.
>>> Prince no AllMusic.
>>> Prince no Rock & Roll Hall of Fame.