Elmer Bäck no filme de Peter Greenaway e Sergei Eisenstein durante a rodagem de Que Viva México! |
Como revisitar a história de um grande cineasta sem ficar preso dos formatos tradicionais dessa mesma história? Ou ainda: até que ponto fazer história não é também, sempre, integrar o mito e os fantasmas, o real e o surreal?
Uma resposta possível está no admirável Eisenstein em Guanajuato, o filme do britânico Peter Greenaway que hoje à noite, no cinema São Jorge (21h00), encerra oficialmente a 19ª edição do Queer Lisboa — revisitando o período, finais de 1930, em que Eisenstein visitou o México para rodar um filme (que nunca foi concluído), Greenaway apresenta-nos uma parábola, ao mesmo tempo política e poética, em que a aliança do sexo e da morte se diz (e visualiza) através de um fascinante misto de crueldade e humor.
Antes, também no São Jorge (18h30), os autores deste blog apresentam mais uma sessão do Queer Pop, dedicada à enigmática dialéctica corpo/natureza no universo de Björk — Cocoon (2001), realizado por Eiko Ishioka, é um dos (onze) telediscos do programa.