quinta-feira, junho 18, 2015
Em conversa: Thurston Moore
Há dias falei com Thurston Moore por ocasião de uma atuação na ZDB. A conversa foi bem para além da música e dos músicos com que se deslocou a Lisboa. E passou pelo ressurgimento do vinil e da cassete áudio assim como a cada vez mais evidente presença da música pop/rock nas agendas das exposições de grandes museus.
Sobre esse facto, em concreto, disse:
"O rock’n’roll é uma forma de high art, sempre o vi assim. E as pessoas que estão a trabalhar em museus de arte têm a idade de quem cresceu num mundo em que há músicos como Björk, David Bowie ou os Sonic Youth. São vivências que assim lhes conferem um valor no mundo da arte. Acho que vai ser cada vez mais comum ver museus a abordar não apenas a história do rock’n’roll, mas todas as outras formas musicais. A música existe num plano abstrato. Há por isso que refletir sobre quem são os músicos e o que há de momentos efémeros em tudo isto. Será o trabalho visual que fizeram? A exposição de David Bowie foi um grande gesto… E estou muito curioso para ver como tudo isto vai evoluir no mundo da arte. Em Lisboa vi uma sobre John Cage, por exemplo".
Podem ler aqui a entrevista completa
(a entrevista, feita para a revista Time Out, está publicada na íntegra na Máquina de Escrever)