A primeira coisa que muitos sentimos quando chega a hora de ver os nomeados para os Óscares é reparar se aqueles a quem gostaríamos de dar as estatuetas realmente estão entre os nomes revelados. E nas categorias de interpretação deste ano há uma gritante ausência: a de Robert Redford. O seu espantoso trabalho em Quando Tudo Está Perdido, suportando todo um intenso filme sem que outra figura com ele contracene (senão o mar), faz desse seu contributo para a história cinematográfica do último ano uma das mais clamorosas faltas da lista de nomeados deste ano. Seria seu o Óscar...
Fazendo as escolhas entre os nomeados, como Melhor Atriz parece ser “pacífica” a escolha de Cate Blanchett como protagonista em Blue Jasmine, aquele que claramente se revelou como o melhor filme de Woody Allen desde Match Point.
De resto, cabe a 12 Anos Escravo de Steve McQueen o resto da colheita, nas categorias de Melhor Ator e de Ator e Atriz Secundários. Suportado por um belíssimo argumento adaptado e mostrando como se pode fazer um cinema histórico no presente, explorando um firme sentido de realismo sem filtro, 12 Anos Escravo pode não ser o meu candidato às categorias de Filme e Realização, mas na interpretação merece os prémios (sublinhando apenas que ainda não vi Nebraska, que aqui podia fazer a diferença, pelo que me é dado a entender).
Melhor Ator - Chiwetel Ejiofor (12 Anos Escravo)
Melhor Atriz - Cate Blanchett (Blue Jasmine)
Melhor Ator Secundário - Michael Fassbender (12 Anos Escravo)
Melhor Atriz Secundária - Lupita Nyong'o (12 Anos Escravo)