quarta-feira, janeiro 01, 2014

Marta Eggerth (1912 - 2013)

A alegria e agilidade da sua voz (coloratura soprano) valeram-lhe o epíteto de "a Callas da opereta": Marta Eggerth faleceu em sua casa em Rye, Nova Iorque — contava 101 anos.
De origem húngara, nascida em Budapeste a 17 de Abril de 1912, foi um talento precoce que se distinguiu nas operetas de compositores como Franz Lehár, Jacques Offenbach e Johann Strauss II. O seu sucesso nos palcos rapidamente atraiu a indústria cinematográfica, no período em que a novidade do som constituía um factor essencial de mobilização dos espectadores — rodou quatro dezenas de filmes, quase todos nas décadas de 30/40, em vários países europeus e também nos EUA. Entre os seus títulos mais famosos, incluem-se: Uma Noite no Grande Hotel (1931), de Max Neufeld (Alemanha); Unfinished Symphony (1934), de Anthony Asquith e Willi Forst (Reino Unido/Áustria); A Princesa das Czardas (1934), de Georg Jacoby (Alemanha); Casta Diva (1935), de Carmine Gallone (Itália); O Regresso do Rouxinol (1938), de Carl Lamac (Áustria); O Prémio do Teu Amor (1942), de Busby Berkeley (EUA); e Valsa Brilhante (1949), de Jean Boyer (França). Foi casada com o tenor polaco Jan Kiepura (1902-1966). Em 2003, a editora Patria Music lançou um duplo CD retrospectivo das canções de Eggerth, intitulado My Life My Song. Manteve-se em actividade até 2011, tendo dado o seu derradeiro concerto aos 99 anos.

>>> Uma canção húngara interpretada por Marta Eggerth no filme Quando o Rouxinol Canta (1936), coproduzido por Suíça, Alemanha e Hungria, e dirigido por Carl Lamac.


>>> Obituário no New York Times.
>>> Página de Marta Eggerth na editora Patria Music.