Fadista muito popular, sobretudo durante as décadas de 60/70, intérprete do lendário Oh Tempo Volta para Trás, António Mourão faleceu em Lisboa, na Casa do Artista, no dia 19 de Outubro — contava 78 anos.
De seu nome verdadeiro António Manuel Dias Pequerrucho, tornou-se um fenómeno de popularidade com a interpretação de Oh Tempo Volta para Trás [video/montagem: 'Fado Meu'/YouTube], fado da dupla Manuel Paião/Eduardo Damas, na revista ...E Viva o Velho, em 1965, no Teatro Maria Vitória. Profissionalmente, começou sob a égide de Argentina Santos, na sua casa de fados “A Parreirinha de Alfama”. Chiquita Morena, Oh Vida Dá-me Outra Vida" e Varina da Madragoa são outros dos seus títulos mais populares; Por Ti, Um Dia Parti de Mim ou Meu Nome é Ninguém [video/tv] podem ilustrar a dimensão mais dramática do seu estilo.
Sintomaticamente, ao nome de António Mourão colou-se o epíteto de "o fadista da nova vaga" — ele foi, afinal, um símbolo de uma geração surgida depois dos grandes clássicos (Alfredo Marceneiro, Amália Rodrigues, etc.), passando pelo teatro de revista e desfrutando de uma nova dinâmica do mercado discográfico. Escreveu também algumas letras de fados, nomeadamente Aquilo que Canto É Fado, com música de Ferrer Trindade [video/montagem: Américo Pereira-YouTube].
O seu sucesso levou-o a muitos países (França, Alemanha, EUA, Venezuela, África do Sul, etc.), sobretudo para cantar para as comunidades portuguesas. Retirou-se da vida artística na década de 90, tendo de então para cá assumido uma postura de enorme discrição. Residia, desde 22 de Fevereiro de 2005, na Casa do Artista — de acordo com vontade expressa por António Mourão, as causas da sua morte não foram divulgadas.
O seu sucesso levou-o a muitos países (França, Alemanha, EUA, Venezuela, África do Sul, etc.), sobretudo para cantar para as comunidades portuguesas. Retirou-se da vida artística na década de 90, tendo de então para cá assumido uma postura de enorme discrição. Residia, desde 22 de Fevereiro de 2005, na Casa do Artista — de acordo com vontade expressa por António Mourão, as causas da sua morte não foram divulgadas.
>>> Obituário no Diário de Notícias.