Ao sétimo filme passava-se o testemunho. E a “next generation”, que andava pelos pequenos ecrãs desde 1987, chegou finalmente ao cinema.
Apesar do sucesso considerável do sexto filme com a geração “clássica” estava já decidido que, depois de Star Trek: The Unidiscovered Country, o sexto filme da série seria entregue à tripulação de Star Trek: The Next Generation, série estreada na televisão em setembro de 1987 e que estava a obter um estatuto de sucesso considerável, em nada podendo comparar-se à primeira vida dos episódios da série original em finais dos anos 60. Tal como sucedera em 1987 em Encounter at Farpoint, o episódio de estreia da Next Generation (onde surgira um Dr. McKoy envelhecido), o novo filme procurou também uma passagem de testemunho entre gerações. E fê-lo através da presença de William Shatner, que vestiu assim uma vez mais a pele de Kirk no grande ecrã, numa narrativa que começa no “seu” tempo e avança até ao futuro onde de vive o presente da Next Generation, as cenas em que partilha o ecrã com Patrick Stewart (Jean-Luc Picard) representando uma sólida expressão dessa passagem... Star Trek: Gerações peca contudo por um argumento menor, em nada refletido o viço habitualmente respirado pelos episódios da Next Generation. Sem repetir o entusiasmo dos melhores resultados dos seis primeiros filmes, a estreia desta nova “geração” no grande ecrã superou em muito o investimento. Pelo que, mesmo com um filme algo abaixo das expectativas, ficou claro que Star Trek tinha nova vida garantida no grande ecrã.