O quinto filme da série Star Trek foi o primeiro tropeção da presença no grande ecrã de uma saga nascida na televisão. O primeiro dos muitos que se seguiriam, com exceção apenas no sexto e no reboot recente de J.A. Abrams.
Depois de dois filmes realizados por Leonard Nimoy, desta vez coube a um outro ator do elenco o papel de comandar a criação de um novo título da saga Star Trek. Estreado em 1989 com o título Star Trek: A Última Fronteira, o quinto episódio da vida de Star Trek no cinema deu por concluída a narrativa que fizera o tríptico com os filmes II, III e IV, colocando-nos, ainda com a tripulação “clássica” num outro lugar e perante uma outra situação. Desta vez na berlinda está um vulcaniano, de nome Sybok (na verdade o meio-irmão de Spock, mas em nada comparável ao irmão), na sua tentativa de viajar até ao centro da galáxia em busca de Deus... Revelando marcas de uma certa rotina em que a série de filmes tinha entrado desde o episódio II, este quinto título não conseguiu contudo captar o mesmo entusiasmo. E nem mesmo uma semana de abertura notável nas bilheteiras (chegando mesmo a liderar o box office americano) lhe garantiu uma carreira de sucesso, acabando a menos de metade dos resultados conseguidos pelo episódio anterior. É claramente o mais desinteressante dos filmes Star Trek com a geração “clássica” e um dos piores de toda a saga no grande ecrã. Haveria ainda um sexto episódio com a mesma tripulação. Mas por esta altura, e com a série televisiva Star Trek: The Next Generation a gerar resultados francamente encorajadores, havia certamente quem começasse a ponderar a hora da passagem de testemunho entre gerações também no grande ecrã.