Depois de um primeiro filme, a vida de Star Trek no cinema entrou numa rotina com mais evidente aproximação aos modelos da série televisiva. O segundo filme encetava ainda um tríptico com continuidade narrativa direta nos dois títulos que se lhe seguiriam.
Na verdade Star Trek II: A Ira de Khan retoma uma personagem (e o próprio ator Ricardo Montalbán) que a interpretara ortiginalmente) do episódio Space Seed, de 1967. O filme abandona o patamar mais contemplativo de Star Trek: The Motion Picture e mergulha numa lógica de ação mais na linha do habitual nos modelos sci fi de aventuras. E, mais ainda que no filme inaugural, são retomadas várias ligações a elementos da “mitologia” Star Trek, entre os quais o teste “Kobayashi maru”, desenhado para testar oficiais (e que curiosamente reapareceria no mais recente reboot realizado por J.J. Abrams). Star Trek: A Ira de Khan acompanha a missão de uma nave da federação em busca de um planeta sem vida capaz de albergar um teste de um novo dispositivo de terraformação chamado Genesis. É no decurso desta demanda que encontram Khan, um velho tirano geneticamente manipulado abandonado 15 anos antes e com contas por ajustar com o comandante Kirk... E a coisa segue daí em diante... Talvez pela falta de resultados mais sonantes, Gene Roddenberry não teve um papel tão ativo no desenvolvimento desta sequela. A realização foi entregue a Nicholas Meyer (que regressaria para um outro filme anos depois).