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Arbor (Conner Chapman) tem 13 anos e uma existência marginal: excluído da escola, vive num ambiente social degradado, lutando contra a pobreza da sua família dividida; com o seu amigo Swifty (Shaun Thomas), envolve-se com um traficante de lixo, roubando, entre outras coisas, cabos de alta tensão... O realismo britânico continua activo e enérgico, como se prova pelo magnífico The Selfish Giant (Quinzena dos Realizadores), primeira longa-metragem de ficção da realizadora Clio Barnard, livremente inspirada no conto homónimo de Oscar Wilde. Na comovente vulnerabilidade de Arbor e Swifty, deparamos com uma lição fulcral desta 66ª edição do Festival de Cannes. A saber: as personagens existem, o humano é um tema eterno — há qualquer coisa de panfletário em tal enunciado e é bom que haja.