The Laughing Gnome é construído como um diálogo entre David Bowie e um visitante alienígena, a voz de Bowie tendo sido depois manipulada em estúdio para interpretar a figura do extra-terrestre. Conduzida por um fagote, a canção integra-se no quadro de referências que Bowie então criava mas que acabou num beco que abandonaria pouco depois, ao visitar, em Space Oddity, outros destinos espaciais. Tal como os singles que o antecederam, The Laughing Gnome passou ao lado das tabelas de vendas. Mas, reeditado em 1973, chegou a um inesperado sexto lugar no Reino Unido. Menos feliz foi uma outra reedição, em 1982, completamente ignorada. Conta a mitologia pop/rock que, por ocasião da Sound + Vision Tour de 1990 (na qual os espectadores de cada país podiam pedir uma canção por votação telefónica), o jornal NME tentou mobilizar leitores para uma votação em massa em The Laughing Gnome. Mas Bowie respondeu – muito no seu estilo – que até estaria a ponderar tocá-la na digressão, mas não se ia vergar aos pedidos da imprensa. Naturtalmente não a tocou.
No lado B do single surge o algo experimental The Gospel According To Tony Day, tema gravado em janeiro de 1967 onde tece retratos (nada elogiosos) de várias figuras ficcionais, com a música conduzida por um oboé, um fagote e a presença minimalista de uma guitarra.
Podem ouvir aqui o single The Laughing Gnome.