O reconhecimento da trágica condição de Malala Yousafzai e os muitos gestos de apoio que tem recebido continuam a proliferar nos mais variados cenários do planeta. E faz sentido dizer que é do planeta que se trata: vítima de um atentado perpetrado por um comando Taliban, a condição da jovem paquistanesa, que já se distinguira pela defesa do direito à educação feminina, está no centro de todo um movimento de defesa dos direitos humanos.
Nesta conjuntura, as posições de Madonna e Angelina Jolie emergiram como marcas especialmente fortes, não só pela contundência do seu discurso, mas também, como é óbvio, pela sua condição de estrelas capazes de tocar audiências muito amplas.
Ambas vieram reforçar um discurso no feminino que é, afinal, um discurso universal. Mais do que isso: a sua intervenção mostra como a actualidade política é sempre uma actualidade moral que não pode ser reduzida a generalizações mais ou menos televisivas. Ao fazerem sentir a singularidade do seu discurso, Madonna e Angelina Jolie transcendem a visão estupidamente "cor-de-rosa" das estrelas, expondo e reforçando uma verdade elementar: mais do que nunca, não há estatuto de estrela sem a correspondente responsabilidade mediática.
Ambas vieram reforçar um discurso no feminino que é, afinal, um discurso universal. Mais do que isso: a sua intervenção mostra como a actualidade política é sempre uma actualidade moral que não pode ser reduzida a generalizações mais ou menos televisivas. Ao fazerem sentir a singularidade do seu discurso, Madonna e Angelina Jolie transcendem a visão estupidamente "cor-de-rosa" das estrelas, expondo e reforçando uma verdade elementar: mais do que nunca, não há estatuto de estrela sem a correspondente responsabilidade mediática.
A este propósito, vale a pena acrescentar também que a odisseia de Malala tem suscitado formas de comunicação que recusam uma das viroses do nosso tempo jornalístico. Dito de outro modo: é bem verdade que vivemos num mundo rasgado pelas mais cruéis e brutais clivagens, mas isso não é razão para injectar elementos de conflito em tudo aquilo que se noticia (nomeadamente em televisão). Na prática, assistimos a um importante fenómeno transversal: a reiterada condenação da violência moral e física dos Taliban — veja-se, por exemplo, estas peças da CNN e Al Jazeera (a primeira incluindo uma conversa com a própria Malala).
Neste outro video, do jornal The Telegraph, podemos ver e ouvir Malala Yousafzai, em entrevistas de 2009 e 2011.
Neste outro video, do jornal The Telegraph, podemos ver e ouvir Malala Yousafzai, em entrevistas de 2009 e 2011.
>>> Sobre Malala Yousafzai: The New York Times + Libération + The New Yorker.