quinta-feira, maio 03, 2012

IndieLisboa 2012 (dia 8)


Duas longas metragens em estreia nacional hoje na Culturgest. Pelas 19.00 passa Alpis, o novo filme de Yorgos Lonthimos, o realizador grego que assinou Canino, filme que teve estreia nacional. Às 21.30 é a vez de For Ellen, de So Yong Kim, com Paul Dano como protagonista, narrando a luta de uma estrela de rock pela custódia da sua filha. Na competição, entre vários títulos, surge hoje O Som ao Redor, do brasileiro Kleber Mendonça Filho.

No blogue do DN dedicado aos festivais de cinema juntei mais dois textos. De dois filmes magníficos, acrescente-se. Um sobre Bestiaire, de Denis Coté. O outro sobre Les Chansons de Mandrin, de Rabah Ameur-Zaïmeche.




No texto que apresenta o filme no programa desta edição do IndieLisboa, o próprio realizador, Denis Coté, não se compromete na busca de uma taxonomia que arrume o filme numa qualquer sistemática (como se faz em zoologia). Nem documentário nem ficção, defende. Nem mesmo “ensaio” ou “objeto”... E levanta depois a palavra que parece, de facto, mais precisa para descrever este filme (que toma como título uma expressão que nos remete para antigos livros medievais onde se juntavam descrições de animais, de como e onde viviam): “contemplação”. – Podem ler aqui o texto completo.


Tal como Kelly Reichardt fez para o western em O Atalho, Les Chansons de Mandrin explora sob um outro prisma a noção de filme de época. Minimalista, atento a uma noção de ritmo que é mais do campo e daqueles tempos, interessado em explorar a relação das personagens e da sua demanda com a paisagem (onde o belo se cruza com a noção de um certo desconforto), claro na forma como desenha um sentimento de revolta maior ainda num estado embrionário, o filme (onde o próprio realizador desempenha o papel de um dos fora-da-lei) é uma das grandes surpresas do festival. – Podem ler aqui o texto completo.