quarta-feira, março 30, 2011

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The Vaccines,
What Did You Expect From The Vaccines?


The Vaccines
“What Did You Expect From The Vaccines?”

Columbia / Sony Music

2 / 5


Se há coisa que não falta no mundo dos discos são os inevitáveis candidatos a ocupar as vagas de “mais-do-mesmo” que sistematicamente vão entrando em cena, naturalmente já com o comboio em andamento... E eis que entram em cena os The Vaccines. São de Londres, ficaram bem classificados entre a lista Sound of 2011 da BBC. E, depois de dois singles que chamaram algumas atenções (mas sem vendaval que se justificasse), apresentam agora um álbum que lança como título uma questão que pode dar como resposta um simples encolher de ombros... What Did You Expect From The Vaccines?, no fundo, dá a resposta em três tempos: nada de especial, de facto... Numa mão cheia de canções parece claro que estamos perante uma banda que tenta seguir (a milhas de o conseguir) os trilhos de uns Arctic Monkeys, juntando à sua música uma série de referencias adicionais que passam, muitas vezes, por heranças directas das memórias do pós-punk de finais dos setentas, dos Undertones (de Wreckin’ Bar) a ocasional piscadela de olho aos Joy Divsion (All In White), a dados momentos a alma indie magoada de uns The National (sem comparações é certo) passa por aqui (como acontece ao som de A Lack Of Understanding). As canções sucedem-se num desfile de “mais-do-mesmo” onde na verdade pouco mais acontece que uma revisitação de modelos. As formas estão claras, as canções polidas segundo uma lógica que deixa transbordar a ocasional pinga de electricidade... Mas, depois de onze canções, não vamos muito para lá do que tínhamos no começo. Ou seja, dos Vaccines não esperamos quase nada... Pelo menos para já... Que fique claro que, por vezes, há quem chegue mais tarde ao comboio e acabe por brilhar mais. Como os The Rakes, infinitamente mais interessantes que os Libertines (apesar da histeria mediática que acompanhara a primeira das bandas). Mas, pelas canções do álbum de estreia dos Vaccines não se vislumbra nada por aí além entre as estações e apeadouros que se seguem...