quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Para visitar o mundo, como ele é


Fica no centro de Gotemburgo, embora a uma mão cheia de paragens de eléctrico do centro histórico. Chama-se Museu das Culturas do Mundo (Världskultur Museet, em sueco) e é um magnífico espaço de aprendizagem e troca de ideias que dá exemplo ao que deveria ser um museu entendido como prolongamento natural de programas educacionais. De passagem por Gotemburgo é, por isso, lugar a visitar.


O edifício é grande, sem ser esmagador na sua imponência, internamente dominado pela presença de um átrio que comunica, além da entrada e dos elevadores de acesso, a um bar que domina uma mezzanine, com janelas em vidro que asseguram boa iluminação natural a todo o espaço.


O museu é uma casa com um objectivo claro, de resto expresso no próprio site oficial, apresentando-se como uma “arena para a discussão e reflexão na qual muitas e diferentes vozes podem ser escutadas, onde os assuntos controversos ou conflituosos podem ser abordados, assim como é um lugar onde as pessoas se possam sentir em casa, para lá das suas fronteiras”. A convenhamos que a frase é precisa na descrição que faz do museu, da sua linguagem expositiva, das ideias que propõe e lança ao visitante...


Várias exposições estão abertas ao público em simultâneo, a maior parte delas com entrada gratuita. Neste início de ano podíamos visitar, neste museu, Destination X, uma exposição dedicada às viagens, propondo um retrato do que é preparar uma viagem (da escolha do destino à procura de informações sobre o que depois visitar). Dois pisos acima, Kimono Fusion estabelece pontes entre a tradição e a modernidade, com o Japão (e os quimonos) como espaço de reflexão. Mais acima ainda, uma outra exposição ajuda os mais pequenos a imaginar como poderiam descrever o seu mundo se, por acaso, conhecessem um extra-terrestre.