![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBhDlnBkJDkhyFMPKkm_mrmCd9lThy63Mw-g4_MEC6gaQOOJYYP6WcWBHU7qEygJIo5O1Dllhrce3BDjwhtR-u3VndxK-uGRQb9y1j7DKFORbpnaBEEwG393SwCG2L2XRWlLXCow/s400/BACON+muriel....jpg)
FRANCIS BACON
Mulher Sentada (Retrato de Muriel Belcher)
1961
Mulher Sentada (Retrato de Muriel Belcher)
1961
O regresso do Big Brother é televisivamente irrelevante. Ou melhor: o seu dramatismo televisivo só se torna claro se o pensarmos enquanto fenómeno eminentemente social — este texto foi publicado no Diário de Notícias (1 de Setembro), com o título 'A metódica desumanização da televisão'.
Não confundamos a árvore com a floresta: o regresso do Big Brother é apenas uma anedota sem graça. O problema é que passámos a viver numa cultura televisiva dominada pelos valores do Big Brother. Três valores, para sermos exactos: o esvaziamento de qualquer respeito humanista pelo indivíduo; a transformação do fait divers em lei dominante da informação; a desresponsabilização das câmaras face às pessoas que filmam. São, aliás, valores directa ou indirectamente acautelados pela legislação, em particular pela Constituição da República.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdhLtlmychYxjgNyJSFVv-ABSRdVeid0JPvowIwhqVdWlDW5rM_ItYiapfC6k8-hPxQhm4eZBrV2roYTQH1xyJCQlSUppKCH0gueZQyoIgtIN3_Q7aaOkpRml80BvUUgW9Me6xPw/s400/Big_Brother.jpg)