quinta-feira, julho 31, 2008

As Olimpíadas com (pouca) Internet

A lista é impressionante. Eis três exemplos:
> Tibete
> Amnistia Internacional
Estes são alguns dos sites que os jornalistas encontraram bloquea-dos no principal centro de imprensa dos Jogos Olímpicos de Pequim. A primeira pergunta que se coloca é esta: o que é que o Comité Olímpico (não) fez para contrariar este estado de coisas? Mas é uma pergunta que não deveremos transformar numa dessas gritarias "pró & contra" que, hoje em dia, condensam a visão democrática dominante nas televisões (claro que a ausência de democracia seria terrivelmente pior, mas a democracia é isso mesmo: a insatisfação do pensamento, o pensamento da insatisfação). Além do mais, convém não banalizar nem menosprezar o esforço, a entrega e as muitas formas de trabalho associadas aos Jogos e, seja como for, ao seu poder de celebração colectiva.
Acontece, assim, este paradoxo: na idade das comunicações ins-tantâneas, globais e globalizadas, as Olimpíadas, por definição uma expressão nobre da própria globalização, são vividas a partir da ocultação de uma parte do mundo. Vamos ver, Huan Huan. E ler. E escutar.