segunda-feira, junho 30, 2008

Jolie, Angelina

>>> Detectamos a sua presença não pelo seu rosto, que ele sabe obscurecer ou tornar vulgar como só as celebridades sabem, mas pelo modo como reagem as pessoas à sua volta — os círculos na água. Apresenta-se com uma estranha dignidade, como se fosse emissária de uma ordem secreta, mensageira de um reino perdido.<<<
São palavras de Rich Cohen, na sua entrevista a Angelina Jolie, publicada na Vanity Fair com data de Julho — chama-se 'A woman in full'. Com fotografias de Michael Roberts, reminiscentes do glamour clássico de Hollywood, trata-se de uma viagem através da própria condição de estrela e de todos os elementos que excedem o seu estatuto mítico: dos conflitos com o pai (Jon Voight) à vida de casados (sem casamento) com Brad Pitt, da gravidez ao trabalho humanitário, do filme do Oscar em 2000 — Girl, Interrupted/Vida Interrompida, de James Mangold — ao recentíssimo papel no blockbuster Wanted [trailer aqui em baixo]. É um retrato exemplar de uma vedeta exemplar, não confundindo a fama com a cedência à mediocridade jornalística. Diz ela (quando Cohen lhe pergunta se procura os tablóides para ler histórias de outras estrelas): "Nunca faria tal coisa. Estaria a ler sobre alguns bons amigos e nem sequer quero isso na minha cabeça... uma fábula invertida sobre pessoas de que gosto. Não quero pensar nisso. Devo-lhes isso, não prestar atenção. Sei que não é verdade. Mais de 95 por cento do que se diz sobre nós é totalmente falso."