
Vem isto a propósito da distinção principal atribuída pela associação de actores do EUA — Screen Actors Guild (SAG) — na sua cerimónia (na madrugada de domingo para segunda-feira). Assim, o prémio para o melhor elenco foi para Colisão/Crash, de Paul Haggis, um filme de que pouco se tem falado neste período de antecipação dos Oscars. De facto, o filme de Haggis corresponde a uma brilhante materialização da noção de ensemble cast e faz todo o sentido que a própria profissão o distinga, independentemente de isso "confirmar" ou não as tendências dos Oscars. Philip Seymour Hoffman (Capote) foi eleito melhor actor e Reese Witherspoon (Walk the Line) melhor actriz. Ainda no cinema, Paul Giamatti (Cinderella Man) e Rachel Weisz (O Fiel Jardineiro) ganharam as categorias secundárias. Para além dos prémios na área da televisão, a SAG homenageou ainda a actriz Shirley Temple naquele que foi o momento mais vibrante da noite, por um lado revisitando memórias de Hollywood nos anos 30/40, por outro lado através do discurso de apresentação impecavelmente lido por outra espantosa actriz-criança: Dakota Fanning.