

Na evolução mais recente do cinema americano, este é um filme que, sintomaticamente, se cola a componentes correntes do universo da juventude (a começar pelo consumo). Dito de outro modo: Paranoid Park possui a agilidade libertadora de um teledisco, sem que isso não exclua, bem pelo contrário, a afirmação de uma dimensão eminentemente trágica. No limite, Gus Van Sant já não explora a mais clássica oposição "velhos/novos". Ou seja: este não é um filme sobre o tradicional "conflito de gerações". O que aqui está em jogo é um universo em que todos parecem infantilizados por uma lógica social e familiar irremediavelmente ferida pelas ilusões de um hedonismo pueril. Até a mesma a admirável banda sonora — combinando canções de Elliott Smith e temas compostos originalmente por Nino Rota para filmes de Federico Fellini — espelha uma angústia cruel, de uma quietude perturbante.
O tempo apresenta-se suspenso numa indecisão sem futuro. Quanto ao espaço, impossível defini-lo a partir de criérios de estabilidade ou coerência — afinal de contas, o skate é, aqui, o próprio símbolo do movimento.
> Outras paisagens: Nome de Código: Cloverfield / Eu Sou a Lenda / O Lado Selvagem / Haverá Sangue / Apocalypse Now / Danças com Lobos.
O tempo apresenta-se suspenso numa indecisão sem futuro. Quanto ao espaço, impossível defini-lo a partir de criérios de estabilidade ou coerência — afinal de contas, o skate é, aqui, o próprio símbolo do movimento.
> Outras paisagens: Nome de Código: Cloverfield / Eu Sou a Lenda / O Lado Selvagem / Haverá Sangue / Apocalypse Now / Danças com Lobos.