
Digamos, então, para simplificar, que Amy Winehouse [foto] emergiu como figura dominante da noite — pela sua magnífica performance, em directo de Londres (You Know I'm No Good + Rehab), e também pelos seus cinco prémios, incluindo revelação do ano e melhor canção (Rehab).

— o Grammy de álbum do ano para River: The Joni Letters, de Herbie Hancock;
— a distinção de Radio Nowhere (Magic, de Bruce Springsteen) como melhor canção rock;
— o triunfo de The White Stripes na categoria de melhor álbum alternativo (Icky Thump);
— a espantosa vitória, com ecos políticos cuja importância não será necessário sublinhar, de Barack Obama: The Audacity Of Hope: Thoughts On Reclaiming The American Dream (editado pelo sector audio da Random House) recebeu o Grammy para melhor álbum de "spoken word";
— o prémio para o melhor filme de fundo (long form music video) para o registo de The Confessions Tour, de Madonna, assinado por Jonas Akerlund.
Apresentado entre nós pelo canal AXN, o espectáculo dos Grammy incluíu algumas notáveis presenças de palco, desde uma encenação do Cirque du Soleil sobre uma canção dos Beatles (A Day in the Life) até uma vibrante recriação de Gershwin (Rhapsody in Blue), com dois pianos a cargo de Herbie Hancock e Lang Lang. Saúde-se a sobriedade da transmissão portuguesa, sem vozes off a sobrepor-se ao acompanhamento da cerimónia.