quinta-feira, janeiro 04, 2007

Revivalismo Motown

Segundo as notícias pré-Oscars que vão chegando dos EUA, Dreamgirls parece ser o candidato "oficial" do ano, isto é, aquele que poderá simbolizar a mais tradicional eficácia espectacular dos grandes estúdios de Hollywood. Dirigido por Bill Condon (Deuses e Monstros, Relatório Kinsey), com Jamie Foxx, Beyoncé Noles e Eddie Murphy nos principais papéis, o filme adapta o musical homónimo de Henry Krieger (compositor) e Tom Eyen (letrista), distinguido, em 1982, com seis 'Tony Awards', incluindo o de melhores letras. Vamos esperar para ver...
Entretanto, a fortíssima e bem elaborada campanha promocional de Dreamgirls — de facto, iniciada há cerca de um ano e com passagem pelo Festival de Cannes —, está a gerar uma onda de revivalismo em torno daquela que é, afinal, a sua referência mítica: a música da editora Motown, em particular nos tempos áureos das décadas de 1960 e 70. Assim, por exemplo, a NPR (rádio pública americana) dedicou um programa à edição de Motown in Love: Lyrics from the Golden Era, livro de Herb Jordan que recolhe muitos poemas dos grandes sucessos da Motown. Ao abordar essas memórias, a emissão da NPR deu a ouvir uma série de temas emblemáticos, alguns deles — incluindo The Tracks of My Tears, por Smokey Robinson e The Miracles — disponíveis para download.
>>> No mercado português, a estreia de DreamGirls está marcada para 1 de Março.

Em conversa: Julien Temple (2)



Hoje publicamos a segunda parte de uma entrevista com o realizador Julien Temple na qual se fala, essencialmente, do seu filme sobre o festival de Glastonbury recentemente editado em DVD entre nós.

Como assimilou estes 35 anos de experiência festivaleira? Foi regularmente a Glastonbury?
Fugi da escola e foi ao primeiro festival “a sério”, em 1971. Depois meti-me em sarilhos por ter ido, mas aquilo teve um impacte enorme em mim. Depois só regressei em finais dos anos 90 quando o Joe Strummer me disse que tinha de lá voltar... Durante muito tempo não estive em Inglaterra e, para um punk, aquela coisa meio hippie não dava! (risos). Agora vou frequentemente.

Usou na montagem final muitas imagens de anónimos, que responderam ao seu pedido...
Sim, foi uma quantidade espantosa de imagens particulares. Somavam 1500 horas!

Como as visionou?
Usando o botão fast forward... E quando via um momento que me parecia bom, parava para o ver convenientemente. Foi um processo difícil dada a enorme variedade de escolha que tinha comigo. Mas havia momentos perdidos em VHS esquecidos em garagens que pediam claramente para voltar à vida... Esses notavam-se claramente.

Muitas imagens não passaram da mesa de montagem...
Houve muitas coisas que fiquei muito satisfeito por ter de cortar... Mas, claro, havia imagens que tive pena de excluir, mas o filme tem de ter uma certa duração e não o podia estender demasiado. Podia ter feito uma versão de 12 horas... Mas optei pela que fiz. Maior, seria aborrecido.

Como escolheu os momentos musicais?
Nem sempre foi o meu gosto musical a definir essas escolhas. Por vezes havia actuações que tinham mesmo de ficar, porque representavam algo que queria contar, como por exemplo a comercialização do festival, ou um período na sua história que a música ou a banda traduzia... Tentei ter mais elementos característicos do evento que uma tradução do meu gosto pessoal.

E havia uma história para contar... Os Velvet Underground e David Bowie tinham de estar presentes.
Sim, particularmente o Bowie, porque esteve na edição de 1971. Vi-o nessa actuação e, depois, vi-o de novo quando regressou recentemente.

Qual é o seu momento mais inesquecível vivido em Glastonbury?
Foi precisamente a primeira actuação do Bowie, em 1971. Ninguém sabia ainda quem ele era e, como os artistas maiores se foram atrasando, a actuação dele foi adiada pela noite dentro. Tocou pelas cinco da manhã, quando a alvorada desponta, e eram poucos os que estavam então acordados para o ver. Só uns cinco mil... Estava tudo nas tendas, eu inclusivamente. E fui acordado por um estranho, que me abanou e disse que tinha de acordar para ver aquele tipo a tocar. O dia despontava, os pássaros começavam a cantar e lá estava ele, com o vestido que usava na altura do Hunky Dory, com um penteado muito estranho. Sentia-se que era qualquer coisa muito especial...

E como foi, anos depois, trabalhar com ele como realizador dos telediscos Blue Jean ou Day In Day Out ou mesmo no filme Absolute Beginners?
Foi muito bom. Sempre gostei muito dele, sobretudo os primeiros discos. Na verdade tenho outra história com ele. Em tempos fiz um filme chamado The Great Rock’n’Roll Swindle. E para cada estreia, em Inglaterra tem de haver um visionamento público, ao qual qualquer um pode ir... Para eventuais queixas e alertas... Fui ver como estava a correr o visionamento do meu filme e a sala estava vazia. Só havia um vulto na escuridão, nas últimas filas. Quando as luzes se acenderam, no fim, era o David Bowie!

Ainda gosta de fazer telediscos?
Sim, mas só quando gosto da música ou das bandas. Acabei de fazer um para os Babyshambles.
(conclui amanhã)
P.S. Entrevista originalmente publicada na revista '6ª', do Diário de Notícias



Estas são imagens da actuação de Bowie em Glastonburuy, em 1999, ao som de Heroes integradas entre pedaços de memórias de edições anteriores, como se vê no filme de Julien Temple.

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Todas as solidões do mundo

Duas mulheres: a pequenita e talentosa Elle Fanning (irmã da não menos brilhante Dakota Fanning) e essa espantosa actriz mexicana que é Adriana Barraza — elas definem o movimento pendular do filme Babel, de Alejandro González Iñárritu. Trata-se de encenar a história de cada personagem como um drama cujas raízes, enigmas ou efeitos se conjugam noutro lugar, porventura do outro lado do mundo. Nesta perspectiva, a estratégia narrativa de Iñárritu (e do seu argumentista Guillermo Arriaga) não corresponde exactamente à criação de uma teia de histórias paralelas, mas mais à afirmação de um conceito novo, saído da ressaca do pós-modernismo. A saber: já não há histórias paralelas ou cruzadas porque, no limite, somos todos personagens de uma história única, global e envolvente. Daí a beleza intrínseca de Babel, aliás retomando o paradoxo poético do seu anterior, e também extraordinário, 21 Gramas (2004): num mundo em que tudo comunica com tudo, estamos condenados a redefinir as coordenadas da nossa própria solidão — ou dessa pluralidade imensa, babélica, feita de todas as solidões.
>>> Vale a pena escutar Iñárritu (já depois da passagem do filme por Cannes) e também o seu director de fotografia, Rodrigo Prieto.

O mundo no bolso

Impressionante imagem: um telemóvel onde alguém observa o video da execução de Saddam Hussein registado com outro telemóvel. Disponível no site inglês da televisão Al Jazeera, a imagem ilustra a notícia relacionada com a prisão, pelo governo do Iraque, de uma pessoa suspeita da autoria desse video (amplamente difundido pela Net). A legenda diz: "O video espalhou-se rapidamente através do planeta." Que é como quem diz: seja do ponto vista comunicacional, seja no plano ético, a compreensão de um fenómeno deste género — e, sobretudo, desta escala — passa, obviamente, pelo horror da banalização da morte, mas também pela rede tecnológica que pode sustentar e, de alguma maneira, induzir tal tipo de fenómeno. Está em jogo a herança geopolítica da ditadura de Saddam Hussein — como recorda a CNN, um símbolo de crueldade—, mas também os modos como acedemos às mais variadas formas de informação visual e sonora.
Passámos a viver num mundo em que a simultaneidade e a instantaneidade das imagens não se pode medir apenas (nem sobretudo) pela informação acumulada — até porque muita dessa informação é repetitiva, redundante ou exuberantemente superficial. Este é, afinal, um mundo que promove a ilusão da sua própria transparência. De facto, o planeta apresenta-se-nos como uma espécie de mapa virtual que se expande através do volume crescente de informação, ao mesmo tempo que, paradoxalmente, se reduz a zonas — muitas vezes ecrãs — de consumo cada vez mais rotineiro.
Não podemos (e, a meu ver, não devemos) demonizar a tecnologia. Mas talvez devamos (e, sem dúvida, podemos) fazer um esforço para pensar que mundo é este em que mesmo as mais brutais e anónimas imagens de morte se instalaram nos circuitos íntimos do nosso quotidiano. Pode acontecer-nos tirar um objecto do bolso e ver nele um homem enforcado — literalmente.

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quarta-feira, janeiro 03, 2007

Este mundo mediático (*)

O mundo conclui o ano de 2006 sob o signo das imagens de Saddam Hussein a ser preparado para a morte por enforcamento. Nesta afirmação, repare-se, o essencial da mensagem não está no factual (“a ser preparado para a morte”), mas no destinatário global (“o mundo”). Dito de outro modo: o planeta em que vivemos (e matamos os nossos semelhantes) consome imagens deste género como coisa natural, naturalmente integrada nas suas sagradas rotinas.
Não estou a discutir o que se “deveria” ou “não deveria” mostrar face às imagens disponíveis. O tema não é banal e, por exemplo, não posso deixar de reconhecer que há diferenças complexas entre a opção da BBC (que cortou as imagens antes de se ver a colocação da corda no pescoço de Saddam) e a que foi seguida por canais como a CNN ou a France 24 (reproduzindo na íntegra as imagens recebidas). Seja como for, não aceito pensar em função da ideologia métrica de muitos directores de informação (televisiva) que apaziguam a sua consciência com avaliações pueris sobre o “muito” ou o “pouco” que mostram, o “perto” ou o “longe” das suas imagens.
Entendam-me: também não estou a tentar lançar a “enésima” discussão sobre as relações entre a brutalidade da ditadura de Saddam e as muitas formas de violência que proliferam no Iraque desde a invasão pelos militares dos EUA. Trata-se apenas de preencher o breve espaço desta coluna de texto com o reconhecimento de uma verdade que, por norma, os responsáveis televisivos e os decisores políticos recusam enfrentar: a de que vivemos num regime pornográfico das imagens em que tudo, mas mesmo tudo (incluindo a morte premeditada de um homem), é tratado como acontecimento “normal” no interior de um fluxo de imagens que tende para a indiferença.
É preciso voltar a questionar todas essas pessoas que, de facto, objectivamente, seguem opções e tomam decisões que delimitam o nosso imaginário quotidiano (feito de imagens e ideias sobre as imagens). É preciso dizer-lhes, sem azedume, mas com grande firmeza moral, que são eles que fazem este mundo mediático que expõe rituais de morte com a mesma indiferença com que retrata alguma personagem incauta numa casa de banho de um qualquer Big Brother. Que em 2007 essas pessoas, ao menos, arrisquem pensar naquilo que fazem.
* Publicado no Diário de Notícias (31 Dez. 2006), com o título 'Pornografia global'.

Tributo a Joni Mitchell

Agora é a vez de Joni Mitchell. Álbum de tributo, de título simples – A Tribute To Joni Mitchell – a editar pela Nonesuch em meados de Fevereiro. No alinhamento encontraremos Free Man in Paris (por Sufjan Stevens), Boho Dance (Björk), Dreamland (Caetano Veloso), Don't Interrupt The Sorrow (Brad Mehldau), For The Roses (Cassandra Wilson), A Case of U (Prince), Blue (Sarah McLachlan), Ladies Of The Canyon (Annie Lennox), Magdalena Laundries (Emmylou Harris), Edith And The Kingpin (Elvis Costello), Help Me (K.D. Lang) e River (James Taylor).

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Em conversa: Julien Temple (1)


Em 1971 fugiu de casa para ver a primeira edição do festival de Glastonbury. Há poucos anos regressou e projectou um filme que levou anos a concluir. Pediu imagens de filmes caseiros, correu arquivos e rodou as suas próprias cenas. O filme, Glastonbury: The Movie, agora editado em DVD entre nós, é um mergulho vivo por 35 anos de tribos, factos e músicas. Um olhar pessoal, com crítica evidente à progressiva comercialização de um lugar onde uma nova mitologia rock’n’roll nasceu sobre velhos cenários de outros tempos. O próprio Julien Temple explica-se...

Costuma apontar Jean Vigo e os Sex Pistols como catalisadores de um primeiro interesse pelo cinema. Como junta, concilia, essas duas referências?
Eram ambos espíritos rebeldes. O Jean Vigo foi o primeiro a tirar a câmara do tripé e a usá-la nas mãos, que foi um pouco o que os Sex Pistols fizeram com a música, tornando-a mais caseira... Mais fácil de fazer. O Vigo fazia cinema com um pequeno grupo de amigos, fora do sistema e circuito mainstream da sua época. Por vezes era expulso dos estúdios. Mudava os ponteiros do relógio para fingir que tinha mais tempo... Era uma atitude igualmente punk perante a indústria da época e dele nasceu o espírito do cinema independente.

Ou seja, há uma afinidade de atitude entre ambas essas referências que lhe são basilares...
Sim, apesar, claro, das enormes diferenças entre ambos. Mas existe essa ligação espiritual.

Já rodou vários documentários sobre o movimento punk, que viveu intensamente. É uma etapa da história da música arrumada para si, enquanto realizador?
Espero que sim, sobretudo porque terminei há pouco um filme sobre o Joe Strummer, dos Clash. Ou seja, mais uma investida sobre esse período, mas que só comecei a filmar há uns 15 anos. Ele era um grande amigo meu, e vejo o filme um pouco como uma homenagem. Depois deste filme, creio que esse período fica arrumado... Mas foi um período fascinante. Muitas coisas nasceram dali, outras alimentaram-no... Há sempre novas maneiras de o encarar... Foi um movimento que encheu de energia a minha vida, catalisou muitos acontecimentos, e espero manter no que faço marcas de algumas das coisas que me deu...

Sente que esse espírito punk mora na forma como aborda a realização de documentários, fugindo às normas mais simplistas (e televisivas) que dominam muita da produção de filmes sobre música?
As regras do jogo mandam que se faça filmes de uma certa maneira. Dessa maneira, precisamente. Mas esse é o establishment, e só isso é uma razão para não querer fazer nada nesse sentido. Detesto coisas assim!

Glastonbury: The Movie foge, claramente, aos modelos televisivos..
Tentei trazer à vida alguma da alquimia que estava jacente em muitas imagens antigas, sem ter de colocar frente à câmara alguém a explicar o que é que aquilo quer dizer. Cada imagem encontra o seu significado junto de cada espectador, sem a necessidade da intervenção de um especialista estúpido...

Porque cruza no filme imagens captadas em várias épocas e de fontes tão diversas? De 1971 ao presente... De filmes de família a reportagens televisivas, naturalmente juntando depois as imagens que ali rodou nos últimos anos...
Quando se vive uma vida é isso o que se sente. Em Inglaterra, sobretudo se falamos da contracultura, Glastonbury faz parte de uma antiga experiência partilhada. Quando se lida com os 35 anos de um evento temos de o tratar tendo em conta a forma como foi sentido por quem lá passou. Há momentos de 1981 que, para muitos, podem trazer memórias mais vivas que outros de 1995. Ou vice-versa. Não temos de ordenar cronologicamente as coisas para arrumar a maneira como lidamos com memórias do nosso passado. A memória está viva enquanto vivemos.
(continua amanhã)
P.S. Entrevista originalmente publicada na revista '6ª', do Diário de Notícias

terça-feira, janeiro 02, 2007

O segundo aperitivo

Aproxima-se a data do lançamento do álbum de estreia do novo projecto musical de Damon Albarn, os The Good The Bad and The Queen. O disco, está confirmado, chega a 22 de Janeiro. Até lá, depois de Herculean, um segundo single. Chama-se Kingdom Of Doom, e aqui fica em recente gravação ao vivo.

segunda-feira, janeiro 01, 2007

Televisão "versus" Presidente

Erros televisivos. No espaço te-levisivo português acontecem coisas absolutamente incom-preensíveis. Exemplo: os in-fantis erros iconográficos que, hoje à noite, marcaram a mensagem de Ano Novo do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva. Poderíamos admitir (e até defender) a ideia de que a Presidência da República teria vontade de arriscar em modelos de comunicação que se demarcassem da retórica mais corrente das linguagens televisivas. Mas não: estávamos perante um tradicional dispositivo de talking head, com o autor da mensagem a dirigir-se a uma câmara frontal que, no plano específico da transmissão, corresponde ao olhar dos espectadores, em geral, e de cada um, em particular.
Como compor o espaço? Ora, que aconteceu? Desde logo uma indefinição de espaço que fazia com que as mãos de Cavaco Silva estivessem constantemente a entrar e sair do enquadramento, criando um "ruído" visual tão desagradável quanto distractivo. Aliás, era óbvio que ninguém reflectiu sobre o efeito de tal "ruído", uma vez que a mensagem se iniciou com o enquadramento um pouco mais aberto, surgindo depois um breve zoom para a frente que instaurou o novo e desastroso enquadramento. Como se isto não bastasse, o quadro lateral (na zona inferior direita do ecrã), onde surgia inserida a linguagem gestual para surdos, ostentava um erro crasso: como compreender, de facto, que a pessoa encarregada desse trabalho usasse uma camisola vermelha, impondo uma agressiva mancha de cor que desequilibrava toda a composição do quadro?
A questão do olhar. Em todo o caso, o mais absurdo resultava da absoluta falsidade do olhar a que o Presidente estava sujeito. De facto, Cavaco Silva surgia compelido a ler o seu texto num dispositivo (teletexto, presume-se) que, em vez de integrado na câmara — como acontece há décadas no mais vulgar dos telejornais —, estava colocado abaixo da sua objectiva. Efeito prático: o Presidente fixava um ponto, algures por baixo do nível do nosso próprio olhar, fazendo com que o seu corpo parecesse repuxado para trás, em situação de desconforto e também de impossível empatia comunicacional.
*
O Presidente da República falou dos desafios e dificuldades que esperam os portugueses no ano de 2007. São questões graves que, além do mais, encontram no mais alto magistrado do Estado um lugar institucional, simbólico e político cuja dignidade importa preservar por todos os meios, incluindo as mensagens televisivas. Infelizmente, tal como as coisas se passaram, prevaleceu um amadorismo mediático que só pode minimizar as mensagens que se tentam veicular.

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Leona Naess, opus 4

Leona Naess é um dos mais bem guardados segredos da pop alternativa em língua inglesa. Nascida em 1974, em Nova Iorque, mas educada em Londres, tem sido citada como herdeira de Joni Mitchel e Edie Brickell, compondo e interpretando canções em que o sentido intimista se combina com uma calculada ironia, bem expressa no título de um dos seus temas mais emblemáticos: I Tried to Rock You But You Only Roll — esse é também, aliás, o título do seu segundo álbum, editado em 2001; estreara-se, em 2000, com Comatised, tendo lançado o autodenominado Leona Naess, em 2003. No ano de 2007 surgirá Thirteens, ainda sem data marcada, mas já anunciado (e, em parte, audível) no seu site oficial.

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