Está a chegar Sujidade e Sabedoria (estreia: 10 Setembro), primeiro filme de Madonna cineasta, suscitando memórias do seu trajecto em cinema — é uma boa oportunidade para revisitarmos alguns dos seus trabalhos como actriz, começando por recusar a mitologia negativa que considera a sua carreira "irrelevante". [1] [2] [3]
Bad Girl é um objecto selvagem no interior da filmografia de Madonna. Porquê? Porque não é exactamente um filme. Dirigido por David Fincher, este é, afinal, o teledisco daquele que foi o terceiro single do álbum Erotica, lançado em Fevereiro/Março de 1993. O relativo insucesso do single (no top 100 da Billboard, nunca passou além do nº 36) acabou por "condenar" o teledisco a uma escassa exposição. Ainda hoje, é a mais desconhecida das obras-primas de Madonna/Fincher (em 1989/90, já tinham colaborado nos clips de Express Yourself, Oh Father e Vogue).
Bad Girl é um objecto selvagem no interior da filmografia de Madonna. Porquê? Porque não é exactamente um filme. Dirigido por David Fincher, este é, afinal, o teledisco daquele que foi o terceiro single do álbum Erotica, lançado em Fevereiro/Março de 1993. O relativo insucesso do single (no top 100 da Billboard, nunca passou além do nº 36) acabou por "condenar" o teledisco a uma escassa exposição. Ainda hoje, é a mais desconhecida das obras-primas de Madonna/Fincher (em 1989/90, já tinham colaborado nos clips de Express Yourself, Oh Father e Vogue).
Em todo o universo de Madonna, este é um dos exercícios narrativos que mais directamente lida com a evidência da morte, tanto mais que todo o teledisco se apresenta, por assim dizer, narrado do ponto de vista de um anjo da morte, interpretado por Christopher Walken e, pormenor simbolicamente não secundário, instalado numa grua de cinema. Bad Girl funciona como um ensaio sobre a mais crua duplicidade vida/morte e o irrisório do amor -- breve como uma canção pop, denso e enigmático como um filme de... David Fincher.