Que lugar os documentários conquistaram no mercado? Será que os circuitos do DVD reflectem o crescente impacto do género documental? -- este texto foi publicado no Diário de Notícias (5 de Setembro), com o título 'Documentários para quem?'.
Entre os títulos do 66º Festival de Veneza (a decorrer até ao dia 12) figura o novo filme de Michael Moore. Chama-se Capitalism: A Love Story e já tem data anunciada para a sua estreia em Portugal (26 de Novembro). É um exemplo que confirma que o género documental continua a ter alguma visibilidade no nosso mercado. Observe-se, aliás, o exemplo de As Praias de Agnès, de Agnès Varda, e o seu peculiar impacto.
Entre os títulos do 66º Festival de Veneza (a decorrer até ao dia 12) figura o novo filme de Michael Moore. Chama-se Capitalism: A Love Story e já tem data anunciada para a sua estreia em Portugal (26 de Novembro). É um exemplo que confirma que o género documental continua a ter alguma visibilidade no nosso mercado. Observe-se, aliás, o exemplo de As Praias de Agnès, de Agnès Varda, e o seu peculiar impacto.
Em todo o caso, paralelamente, os circuitos do DVD continuam a receber muitos títulos documentais que não gozam de qualquer promoção específica, limitando drasticamente o seu impacto (para apenas citar um exemplo, recordo Quem Afinal é Jackson Pollock?, de Harry Moses, uma desconcertante e divertida viagem através das polémicas para identificar um possível quadro pintado por Pollock). A questão que se coloca é esta: para quem é que os documentários são lançados? Ou ainda: será que o mercado se esforça o suficiente para tentar conhecer e compreender os muitos nichos de consumo que, hoje em dia, existem? Escusado será dizer que, se o fizer, apenas tem a ganhar com isso.