O filme de Steven Sodergbergh sobre Che Guevara — Che: Guerrilha — vai ter a sua primeira exibição pública portuguesa no Fantasporto (20 de Fevereiro, 20h30). Entretanto, vale a pena reflectir um pouco sobre as dificuldades globais da sua promoção — este texto foi publicado no Diário de Notícias (10 de Janeiro), com o título 'Como vender um filme?'.
Realizado por Steven Soderbergh (autor de Sexo, Mentiras e Video, Erin Brockovich e Ocean’s Eleven), o filme Che: Guerrilha, sobre Che Guevara, foi um dos grandes acontecimentos do último Festival de Cannes. Lançado nos últimos dias de 2008 nos EUA (para ainda concorrer aos Oscars), tem sido apoiado por uma campanha de imagens e cartazes que tenta sugerir as marcas de um típico “filme de guerra”. Estratégia ambígua, sem dúvida, já que o filme está muito de se encaixar em tal modelo, antes seguindo uma via de insólito e fascinante intimismo que tenta dar a ver a cons-trução “privada” de uma estratégia ideológica e política.
Realizado por Steven Soderbergh (autor de Sexo, Mentiras e Video, Erin Brockovich e Ocean’s Eleven), o filme Che: Guerrilha, sobre Che Guevara, foi um dos grandes acontecimentos do último Festival de Cannes. Lançado nos últimos dias de 2008 nos EUA (para ainda concorrer aos Oscars), tem sido apoiado por uma campanha de imagens e cartazes que tenta sugerir as marcas de um típico “filme de guerra”. Estratégia ambígua, sem dúvida, já que o filme está muito de se encaixar em tal modelo, antes seguindo uma via de insólito e fascinante intimismo que tenta dar a ver a cons-trução “privada” de uma estratégia ideológica e política.
Soderbergh tem um orçamento importante para recuperar (o filme terá custado perto de 60 milhões de dólares), mas resta saber se tal estratégia não poderá gerar um equívoco que deitará a perder todas as potencialidades comerciais do filme: no mercado cine-matográfico, oferecer o que não se tem para dar dá sempre maus resultados. Resta dizer que Che: Guerrilha tem estreia portuguesa marcada para o dia 19 de Março.