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Expiação (drama) e Sweeney Todd (musical/comédia) arrebataram os prémios principais, mas as notícias mais importantes vêm dos bastidores da indústria. Assim, quem se manifestou disponível para mediar as negociações entre os patrões de Hollywood e os argumentistas foi nada mais nada menos que George Clooney [na imagem, no seu recente anúncio para a Nespresso]. O actor/reali-zador/produtor acredita mesmo que poderá arrastar para essa função nomes de tanto peso como Steven Spielberg, Tom Hanks ou John Wells (produtor de ER/Serviço de Urgência).
No horizonte próximo está uma questão vital cujas implicações vão desde a difusão global dos mais recentes filmes americanos aos muitos milhões de dólares movimentados pela publicidade televisiva — ou seja: a (im)possibilidade de se realizar a cerimónia dos Oscars, marcada para 24 de Fevereiro (nomeações no próximo dia 22). Por um lado, os actores têm mantido um ferveroso apoio à luta dos argumentistas; por outro lado, eles são dos primeiros a compreender que o prolongamento do impasse negocial arrastará, a curto ou médio prazo, consequências negativas para todos os profissionais do cinema e da televisão.