"Quanto mais via A Aventura [com Monica Vitti, na foto] — e voltei lá muitas vezes —, mais compreendia que a linguagem visual de Antonioni nos mantinha ligados ao ritmo do mundo: os ritmos visuais da luz e da escuridão, das formas arquitecturais, das pessoas tratadas como figuras de uma paisagem que parecia sempre terrivelmente vasta." — são palavras ao mesmo tempo poéticas e didácticas de Martin Scorsese evocando Michelangelo Antonioni e, em particular, a sua descoberta de A Aventura, em 1961, num cinema algures em Nova Iorque. Pertencem a um belíssimo artigo publicado em The New York Times, com um título eloquente: "O homem que libertou o cinema".