Rezam as crónicas que foram uma das revelações da edição de 2015 do festival SXSW, em Austin, Texas: The Prettiots têm uma sonoridade pop, cristalina e sem preconceitos, como imediato bilhete de identidade. Ao mesmo tempo, a aparente ligeireza do empreendimento não exclui, antes parece favorecer, um contido sarcasmo, em que ironia e dramatismo parecem ser duas faces da mesma moeda — no tema Suicide Hotline, dão-se mesmo ao luxo de ter como refrão: I'm not fine but I'll be okay / I probably won't kill myself today.
Enfim, as novaiorquinas The Prettiots resultam de uma aliança, no mínimo, atípica: Kay Kasparhauser (voz + cavaquinho), Lulu Landolfi (baixo) e Rachel Trachtenburg (bateria) editaram o seu primeiro álbum, Fun's Cool, com o à vontade de quem convoca a nostalgia para cantar em tom de divagação utópica. Por outras palavras: não são um incidente, vieram para ficar.
Aqui ficam três pistas para conhecer The Prettiots: os telediscos de Boys (I Dated In Highschool) e Move to L.A. e a performance na NPR, numa edição dos 'Tiny Desk Concerts'.