Saxofonista e compositor, é um dos mestres da história do jazz: o americano Ornette Coleman faleceu no dia 11 de Junho, em Nova Iorque, vitimado por um ataque cardíaco — contava 85 anos.
Em 1959, chamou ao seu terceiro álbum de estúdio The Shape of Jazz to Come. E não era caso para menos: com um sentido experimental que lhe conferiu um lugar central na saga do som free, Ornette Coleman foi antecipando muitas das vias criativas do jazz da segunda metade do séc. XX. Na sua démarche, inscreveria uma espécie de bilhete de identidade a que deu o nome de Free Jazz: A Collective Improvisation, álbum de 1961 que, por assim dizer, condensa todas as derivações que a improvisação pode conter ou atrair — na edição original, a capa integrava uma reprodução de The White Light (1954), de Jackson Pollock. Com uma discografia de várias dezenas de títulos, foi também colaborador de personalidades como Yoko Ono, Paul Bley ou Lou Reed (no álbum The Raven, de 2003). Sound Grammar (2006), álbum de registos ao vivo, valeu-lhe um prémio Pulitzer.
>>> Os sons integrais do álbum The Shape of Jazz to Come (1959); segue-se um video da televisão italiana, datado de 1974, e uma performance no Jazz à Vienne de 2008.
>>> Obituário no New York Times.