Vergonha sem fim... É certo que a data do falecimento de Manoel de Oliveira já foi acrescentada na ficha do cineasta. Em todo o caso, como se prova, o IMDb considera que a notícia da sua morte não justifica destaque de primeira página.
Quando alguém quiser discutir as formas de percepção do cinema — e da história do cinema —, talvez seja bom começar por aqui. Afinal de contas, se o IMDb se gaba dos seus milhões de visitantes, isso apenas multiplica as suas imensas responsabilidades na definição da (tristíssima) cultura cinematográfica dominante.
Quando alguém quiser discutir as formas de percepção do cinema — e da história do cinema —, talvez seja bom começar por aqui. Afinal de contas, se o IMDb se gaba dos seus milhões de visitantes, isso apenas multiplica as suas imensas responsabilidades na definição da (tristíssima) cultura cinematográfica dominante.
P.S.: Isto para já não falarmos da avalancha de lugares-comuns que o IMDb propaga no meio da mais hipócrita inocência. Na ficha de Oliveira, por exemplo, para definir as trade marks (???) do cineasta, há grosserias deste teor: Camera always steady without camera movements / Use of every element in the frame as a symbol related to the story / Demands a very stylized acting from his actors, very theatrical and unnatural... Quando alguém se atrever a voltar a insultar qualquer crítico de cinema porque sustenta um discurso "difícil" ou "hermético", ao menos podemos ter a certeza de que tal crítico não promove a ignorância — o IMDb já se encarregou de tão lamentável tarefa.