sexta-feira, novembro 02, 2012

50 anos de James Bond,
'Thunderball', 1965


Terence Young regressou a bordo para dirigir Thunderball, o quarto filme da série James Bond (estreado em 1965). A história, que chegou a ser considerada como hipótese para o filme de estreia da série, acabou por ganhar com o valor alargado do orçamento que o sucesso dos três primeiros filmes permitiu reunir. Mais que nos títulos anteriores há maior trabalho do departamento de efeitos visuais e é determinante toda a expressão de imagens captadas debaixo de água, muitas delas filmadas entre o mar e piscinas nas Bahamas, em alguns casos envolvendo alguns sustos com tubarões.

Tal como em Goldfinger e Dr. No, a ação não segue exatamente os clássicos duelos de espionagem entre grandes blocos que caracterizariam pouco depois a essência dos filmes do agente 007. Pelo contrário, e apesar de Bond contar com a colaboração de agentes da CIA e da narrativa envolver o roubo de duas bombas nucleares da Nato, Thunderball volta a colocar a agência SPECTRE como centro do conflito, desta vez acompanhando um plano de ameaça nuclear a uma cidade (com as tais armas roubadas e guardadas num esconderijo subaquático).

O filme abre com uma sequência nos arredores de Paris que serve sobretudo para exibir novos gadgets ao serviço de James Bond. Os demais condimentos clássicos do cânone Bond são servidos já nas Bahamas, onde decorre parte significativa da ação. Thunderball foi o primeiro James Bond rodado em formato de ecrã largo e é visualmente mais cuidado que os anteriores, usando as imagens subaquáticas (em ritmo mais lento que o habitual) em favor das possibilidades dessa nova janela. Narrativamente é, na linha de Goldfinger, um Bond clássico, habitualmente referido como um dos melhores da fase protagonizada por Sean Connery.