[1] Pergunta o lugar-comum do consumo rotineiro dos filmes: "E no fim, eles ficam juntos?..." Em boa verdade, face A Árvore da Vida, talvez seja possível dar uma resposta mais ou menos linear a tal pergunta. Mas será que tudo acaba no fim?...
A Árvore da Vida é esse filme dos fins que se reconvertem em princípio, da origem que já envolve todos os futuros possíveis e imaginados. Terrence Malick conseguiu a proeza mítica, porventura mística, de mostrar que o melodrama familiar envolve, afinal, todos os destinos do cosmos — daí que o trailer seja o rigoroso contrário dos trailers agitados e tristemente previsíveis que dominam o mercado, num certo sentido um ramo da mais frondosa das árvores.