Continuando a apresentar listas pessoais que nos ajudam a fazer um retrato alargado do que foi 2011, hoje escutamos as sugestões de Pedro Zambujo, produtor da rádio Sudoeste TMN. Um muito obrigado ao Pedro pela colaboração.
Num ano de grande domínio feminino, com vários esperados regressos aos discos, as mulheres falharam a oportunidade de terem um top de melhores álbuns do ano quase exclusivamente com cromossoma XX. Florence Welch acomodou-se aos seus gritos e fez um Ceremonials sufocante, sem deixar espaço para respirar; Björk, por seu lado, concentrou-se exageradamente no carácter conceptual do seu Biophilia, esquecendo-se do mais importante: a música, que soa desinspirada por baixo de uma voz ainda irrepreensível; PJ Harvey apresentou um sólido Let England Shake, que tem dominado os tops mundiais, mas que não consegue superar os gloriosos regressos de Fleet Foxes e Bon Iver, e a surpresa do ano - Cat's Eyes, o álbum que une Rachel Zeffira e Faris Badwan, dos Horrors, que acabou por amolecer (até demais...) o novo álbum da banda, Skying.
A salvar a honra das mulheres esteve Lykke Li, que parece ter perdido a timidez das primeiras canções; Laura Marling, a Joni Mitchel dos nossos tempos; Adele, a grande estrela do ano e que, apesar do airplay excessivo e de alguns momentos embaraçosos, têm um sólido 21 e claro, Lana del Rey, uma das grandes apostas para 2012, que com três canções e o seu jeito despreocupado, pôs o mundo a seus pés.
1. Cat’s Eyes – Cat’s Eyes
2. Bon Iver – Bon Iver
3. Fleet Foxes – Helplessness Blues
4. Lykke Li - Wounded Rhymes
5. Jay-Jay Johanson - Spellbound
6. James Blake – James Blake
7. Girls – Father, Son, Holy Ghost
8. Laura Marling – A Creature I Don’t Know
9. Metronomy - The English Riviera
10. Radiohead - The King of Limbs
Aposta para 2012:
Lana del Rey