Já na recta final da 15ª edição do festival, o Queer Lisboa vive hoje o oitavo dia desta edição. Antes do que podemos ver hoje, uma janela para mais uma recordação.
Vencedor da edição 2010 do Queer Lisboa, o filme argentino
O Último Verão da Boyita foi o primeiro caso de um prémio de Melhor Longa Metragem do festival a conhecer, depois, estreia em sala no circuito comercial. Tal como em
XXY, de Lucia Puenzo (também uma produção de origem argentina), este filme de Julia Solomonoff aborda sobretudo questões de género. Em concreto o mundo em volta da pequena Jorgelina, filha de um médico que com ele passa uns dias numa quinta distante da cidade. É aí que reencontra Mário, um jovem ajudante, filho do caseiro. As transformações que começa a sentir no corpo geram em Mário uma inquietude. É Jorgelina, que acompanhou a puberdade da irmã mais velha, quem primeiro repara que Mário sangra, das perguntas que então faz ao pai compreendendo este o que se trata... É daí que Julia Solomonoff parte para um filme que, sem malabarismos narrativos nem ginásticas visuais, nos apresenta de forma e directa a história que se conta. O filme reforçou a afirmação de um espaço de grande vitalidade da abordagem a questões LGBT no actual cinema argentino, todavia aproximando-se mais de abordagens a referencias “clássicas”, afastando-se por isso da agenda “indie” que entretanto passou por filmes (igualmente exibidos no Queer Lisboa) como
Glue de Alexis dos Santos ou
Plan B de Marco Berger.
Podem ver o trailer do filme
aqui.
Hoje são várias as propostas que passam pelas salas do Cinema São Jorge. Pelas 22.00 horas passa fora de competição, na Sala Manoel de Oliveira, o filme
Contracorriente, de Javier Fuentes-León, uma co-produção entre o Perú e a Colômbia.
Podem ver o trailer do filme
aqui.
E
aqui podem consultar a programação para hoje.
