Não, não se trata de favorecer nenhuma visão parcial, ou parcelar, da imprensa desportiva. Aconteceu com três jornais desportivos (três manchetes repetidas, ou quase...). Mas a questão de fundo transcende qualquer domínio especializado: este é, afinal, um sintoma de uma situação muito mais vasta, a que nenhum sector da imprensa se pode eximir.
Dito de outro modo: é verdade que está instalada uma crise que envolve muitos e complexos factores, desde o domínio avassalador das linguagens televisivas até à dispersão de leitores pelas muitas plataformas disponíveis... Mas não é menos verdade que a rotina do óbvio e o comodismo do cliché também são factores de crise. — na certeza de que os leitores, mesmo os mais frívolos ou indiferentes, não são distraídos.